minha língua percorre seus sentidos
o gosto salgado do suor escorregando
você dentro de mim
minha língua revela os meus erros
minha língua trava meus olhos no vazio
e você languido se esparrama
enquanto eu me derreto sobre o seu peito
eu me invento e repito elogios
como um gramofone anacrônico
eu me invento e me inverto
pra que do avesso, você me vendo
não me abandone
eu me inverto, pra que forte como cresço
minhas armaduras não mais me escondam
então eu solfejo alegrias quentes
eu solfejo de um prazer úmido
e eu rio de graça das piadas que tento
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