Estrela no Vazio Entupido

carnaval na carne de sangue que não há prece.

E então eu quis fugir. suicídio. não me importei em sentir a beleza de ter alguém ao meu lado. eu só estava perturbada por coisas que não entendo. então um bar. um copo de cerveja. uma dose monstra de cachaça. eu mesma monstra. desafiando a intimidade. desafinando no coro dos perdedores. talvez esse blog seja apenas pra falar do fracasso. do quanto é difícil acertar na vida. acerto sim, direto na cara dela:felicidade. e faço ao contrário. o negócio é que desarranjo e decepciono por prazer. sadomozoquismo. auto destruição. psicopatia. esquizofrenia. dar nome as coisas sem nome não é uma forma de se livrar delas. poesia é um contrato com o caos. eu aqui no quarto dele. eu aqui pertubando a paz alheia. eu aqui pensando apenas em mim mesma. foda-se. viva o umbiguismo. repetindo as palavras pra ver se elas se cansam de ser verdades. querendo abusar de mim mesma sendo não-eu. ridícula. só da pra ser o que se é e vive e sente. não da pra esconder. não sou ilusionista. não. sou atora e tropeço. caio. desmaio em algum canto interno quebrando a cara da bondade, da generosidade. eu errei. mais uma vez eu errei. e não dá pra falar que errei tentando acertar. não. errei querendo errar. querendo suicidio. uma mesa de um bar como o de ontem era uma reunião de mortos-vivos. incompetentes na arte de não ser. não há beleza nem esperteza nas palavras que regurgito num vomito sem ressaca que me segue por hoje. não há cristo redentor dos pecados. é carnaval e era um céu acinzentado. e era nuvem falsificando o segredo.  e era suicídio na rua escura.

Um comentário:

Arroto Feminino disse...

P-O-R-R-A MINA TAI! POESIA É UM CONTRATO COM O CAOS.