Aprendi que nem toda loucura é instigante. Nem todo mundo gosta de criar segredos. Nem todo ser é um mundo aberto. Aprendo que por quês nem sempre são perguntas que querem explicações, algumas vezes um "por que" pode significar "não faça isso, não". Aprendi que o tempo não se passa sem um passado, não corre sem que haja movimento. Um corpo cansado cria alguma coisa mais pela força do que pelo sentimento. Não entendo nada de sexo, mas gosto de experimentar. E é preciso confiar para poder perguntar o que vem depois. Eu to com medo. Será culpa minha? "Eu quero conhecer todos os tipos de pessoas do mundo". Esse é meu sonho de criança. Todos os tipo, todos os cantos, todas as danças, todas as línguas, todos os corpos. Eu quero...Ah não quero nada mais...Nem dizer, nem nada, só agora. Só porque eu senti a sua vontade de me virar as costas, depois de ter entrado em mim com medo e algum sentido de desejo. Eu sorri e fui feliz. Achei que podia brincar enquanto te olhava os olhos. Bonito. Menino bonito. E de algum modo eu sempre choro. Por que sempre vai existir esse vazio e essa incerteza clara. Sempre vai existir uma semana e um dia de sol pra eu não te ver. E eu sei, menino, você não quer e não vai se entregar. Tudo bem, eu já passei por isso, pode ser que tenha mais amor em mim do que eu possa tolerar. Daí eu choro, me engano, chapo o pulmão de fumaça. Sou jovem, morena, desgosto, talvez eu tenha te forçado a estar do meu lado, na verdade você não está do lado de cá. Mas me abraçou. Eu escrevo pra desvendar o momento, não pra gostar, nem pra entender. Eu escrevo porque é assim que o tempo me abre uma brecha e eu encontro uma luz. Como um holofote apenas em cima de mim. Eu escrevo porque sei que não vai ter ninguém aqui quando eu chamar. Porque quando a coisa vira essa vontade, algo me castiga e o mundo não me surpreende. Quem escreve cria conceitos, eu crio alguns defeitos. É preciso que algo aconteça e que prenda meus sentidos pra me tirar daqui. Talvez eu tenha exagerado na intensidade, na contradição. Nada de caso pensado, só aconteceu assim, porque eu acreditei, acreditei no amor que há em mim. Ainda acredito, sem amor nada vale a pena. Gozo perdido em si mesmo, perdido na vontade de sentir. Eu vou dar um tempo pra que tudo fique em paz. Vou sumir da sua vida, me deixar em paz, te deixar com a sua própria vida. Somos tão jovens! Vamos usar a nossa energia pro que nos satisfaz...
Um comentário:
isso aí, escritora
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