Tenho mania de escrever umbigo com H. H de humano demasiado umbigo. Foda-se. Quero me soltar. Lembrei do que perdi. Cansada, no fim de noite dos bêbados quase buscando isolamento. Cansei, o cansaço me cria mentiras, me faz acreditar em contos de algum tipo de anticorpos mentais escanadálizados e ativados pelos assaltos da consciência. Tô com vontade de fumar um cigarro atrás do outro. Não dá. Meu peito pode explodir a qualquer momento, não cabe mais o ar. Não cabe nada, só a lembrança do sábado no sofá. Queria engolir o controle da tv...mas tem sempre um botão de power. É que eu to ligada no foda-se.
Não quero dormir. Acabo de chegar da rua. Tenho essa mania de fugir de madrugada. Emputecer por um gole de cachaça! Sou toda meus caminhos tortuosos. Sou toda meus olhos vermelhos. Sou toda o olhar pro nada. E aquele céu...azul como a cor do infinito. As estrelas me dizendo que o disco voador já partiu a um tempo atrás. A gente é o que sobrou e vai ter que viver aqui: Terra. Melhor seria dizer "território". Acho que é assim mesmo, a gente tem que preencher o tempo, já que o espaço tá cheio, limitado. Então eu vivo...abro o portão de madrugada, sinto o gosto cítrico que vem da brisa gelada, o frio na espinha de quem preprara um segredo e saio.
4 comentários:
tu nunca perde a capacidade de escrever as coisas que eu penso ou sinto. saudades ácidas.
Humano, demasiado umbigo..
FODA-SE..
Viva.......... azul, dentro!
Sorrayla
é o melhor a fazer.
KLeber Felix
Você nos transmite o quanto flui NATURALMENTE o seus sentimentos e sensações de uma forma como de asas a bater suavemente.
Admiro você Alma Tai.
Parabéns! Você é deliciosa de ler.
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